segunda-feira, maio 28, 2007

Venha de lá o fogo-de-artifício

No deserto - cá está, a habitual referência perspicaz a acontencimentos contemporâneos do país - que é a política à portuguesa, de quando em vez lá vai surgindo uma ideia digna de registo. Desta vez, a sorte grande saiu a Almeida Santos. Diz a infeliz vítima de amnésia seletiva, que construir o novo aeroporto da Ota ... perdão, de Lisboa, na margem sul do Tejo pode traduzir-se num grande problema para Portugal, no caso de uma das pontes sobre o mesmo rio, ser dinamitada.

Ora, eu não sei o que é que o Almeida Santos sabe, mas o mínimo que ele pode fazer é dizer qual ponte será dinamitada, e quando, para eu arranjar um local com boa visibilidade para o espectáculo.

Além do mais, goste-se ou não do Almeida Santos, há que apreciar-lhe a matreirice. Ninguém o ouviu a dar ideias sobre dinamitar a Assembleia da República. Exactamente. Até porque dinamitar tal edifício - preferencialmente, durante a hora de expediente -- não causaria propriamente um problema para Portugal.

Sem comentários: